Um mal que veio para o bem

Há alguns meses eu estava na psicóloga. Estou fazendo uma terapia cognitiva agora. Estou gostando muito por estar sendo bem prática e direta. Definindo meus objetivos e situações disfuncionais que ocorrem no meu dia a dia.

Enfim, estava indo de Uber para a minha casa da terapia e quando saí do carro não reparei que a ponta do meu bastão de caminhada tinha ficado no carro. Só me dei conta quando já estava no consultório e tentei entrar em contato com o motorista e não consegui.

No entanto acredito que terminou sendo o empurrãozinho que eu precisava para deixar de usar o bastão. Acredito que se dependesse de mim não tomaria a iniciativa de não o usar mais. Uma vez que perdi seu bico se tornou mais perigoso andar com ele do que sem porque a ponta havia ficado muito fina e escorregando com muita facilidade.

No entanto, venho descobrindo que na verdade ele era mais um apoio psicológico do que uma necessidade física. Eu estou indo para todos os lugares sem o bastão e está sendo libertador!

“Eu estou descobrindo aos poucos que eu posso muito mais do que eu penso. Meu bastão ter quebrado foi um acontecimento que me obrigou a me arriscar e me mostrou que se eu não der o primeiro passo nunca vou descobrir se sou capaz. No começo me senti muito insegura mas agora estou bem melhor!"

“Esse Uber não sabe o favor que ele me fez...”